31.5.10

Visita à Casa Museu José Régio

Conforme estava planeado, realizou-se na Casa Museu José Régio, de Portalegre, mais uma edição de CONVERSAS COM... SOBRE
Foi uma sessão cultural bastante participada, quer quantitativa como qualitativamente, tendo mesmo interessado um razoável grupo de associados, e o seu tema central foi a Velha Casa de José Régio.
Após a recepção dos participantes, no átrio da Casa, seguiu-se uma visita guiada à mesma, sob a orientação segura e muito animada por parte da sua Conservadora, Dr.ª Maria José Maçãs. Na sua completa e autorizada exposição, foram abordados os aspectos fundamentais ali patentes, no que respeita às colecções, às vivências e ao espírito do Poeta da Toada que ali se observam e se respiram.
Todos os ricos e por vezes inesperados pormenores apontados tiveram o devido acolhimento da parte dos interessados visitantes, alguns dos quais nunca tinham antes entrado naquele mítico espaço, ainda que outros tivessem repetido, e mais do que uma vez, aquele reencontro com a evocação viva da mais significativa personalidade do século XX portalegrense.
Para terminar a visita, todos os participantes se reuniram no vasto salão dos Cristos, onde assistiram a uma sessão de projecções alusivas, comentadas pelo Prof. António Martinó, nosso consócio.
Este, antes da apresentação dos dois vídeos especialmente seleccionados, leu uma breve antologia de textos quer epistolares, quer literários, de José Régio, por onde se poderia avaliar a progressão duma relação, difícil mas conseguida, do Homem com a Velha Casa. Segundo a opinião do comentador, esta casa contribuiu decisivamente para a progressiva aceitação do meio, para a integração e, sobretudo, para a longa permanência de Régio entre nós. Os testemunhos de Régio, recolhidos ao longo dessas três décadas, provarão esta tese.
Os filmes apresentados, e com muito agrado assistidos pelos participantes, foram:
- Os Habitantes de Aquela Casa, de Ernesto de Oliveira, 1968;
- A Casa de Portalegre (da série A Escrita da Casa, RTP), de Rui Ramos e Mário Cláudio, 1987.
O apresentador, Prof. António Martinó, aproveitou o pretexto para uma vez mais abordar a questão do injusto esquecimento cívico em que continuam envolvidas a rica personalidade e a valiosa obra do Dr. Ernesto de Oliveira, um castelovidense com herança de elevado mérito, sobretudo nos planos cinematográfico e jurídico-cultural.
Assim terminou mais uma edição deste projecto cultural dos Pés Vagarosos, que já preparam novos “capítulos” da série, para além de todas as outras diversificadas propostas sempre em curso dinâmico, como é nosso timbre.

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